às vezes escrevo só por escrever...
como se as palavras fossem
escudos dos olhos mudos
que tento esconder.
E tenho uma tristeza tão profunda...
uma solidão que vem
de quem fica de fora,
numa espera sem demora....
esta solidão oriunda
do minuto sessenta da primeira hora
antes do meu corpo fechar nele próprio
a minha premissa primordial:
deito-me na posição fetal,
respiro para dentro e tento
não deixar o ar sair
e escrevo para dentro,
deixo-me fugir.
(...)
04.11.04
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