domingo, abril 30, 2006



Melhor que ser anjo sem saber voar é ter asas de cartão e o mundo inteiro por baixo dos pés.

"I am a bird now".

Mó*

quinta-feira, abril 27, 2006

é bonitinha...e deu vontade de por aqui...para quem não conheçe.

Os outros
Kid Abelha
Composição: Leoni


Já conheci muita gente
Gostei de alguns garotos
Mas depois de você
Os outros são os outros

Ninguém pode acreditar
Na gente separado
Eu tenho mil amigos mas você foi
O meu melhor namorado

(...)
Procuro evitar comparações
Entre flores e declarações
Eu tento te esquecer
A minha vida continua
Mas é certo que eu seria sempre sua
Quem pode me entender
Depois de você, os outros são os outros e só

Depois de você, os outros são os outros e só

terça-feira, abril 25, 2006

"Quero-te assim (...)"

É tarde, mas não muito. Acordei cedo e arranquei de casa numa neblina de alma de quem pouco dormiu.

É tarde, muito tarde, no relógio que me leva até ti. Fazem-se dias que não te vejo sorrir com os meus beijos de cânfora, fazem-se dias que não te vi partir. Dizem-me que te esvaneces num deserto sem fim, que poisas as mãos em Oásis de luz e que deixas que te vejam. Dizem que quando passam por ti as horas, fixam o corpo nos teus gestos e dormem - dizem que as horas não passam mais.

Neste castelo sem masmorras nem muralhas nem canhões nem piratas, não me vejo sob o Sol. É no encaixe da curvatura das tuas costas que encontrarei o meu casulo, e sem esse fecho de corpo em alma, dos teus braços na minha nuca, eu resumo a minha história de princesa a um castelo de esperança.

Sei que te quero. Sei que te quero bem perto, com as tuas malhas desbotadas nas minhas incertezas - eu e tu, justapostos, pelos trilhos cheios de multidões de outros pares, de outros sós, como somos, como seremos.

Quero-te em ensaios infinitos, pré-apresentações, conjecturas de valsas por dançar. Quero-te sobre os meus caminhos, ao meu lado, separados pela limalha fina do destino que decidiremos pautar.

"Quero-te assim. Para sempre. Comigo."

(um dia tu apareces, num corpo que ainda não conheço).

Mó*
10.04.06

quarta-feira, abril 19, 2006

tudo tem um fim. tudo tão rápido.

Era uma vez...uma vez que já se foi.

(levantou-se no meio do mundo, e saiu. Tinha uma lágrima no coração e duas artérias entupidas nos olhos. Cambaleou. Caiu. Ele nem notou...achou que era melhor não a obrigar a ver o desmaio final.)

domingo, abril 16, 2006



Acabou-se a limitação dos sentidos.
Esperar por dias que não vêm
é não viver aqueles que passam
e nem me chamam mais.

Afinal não somos assim tão iguais.

E nem princesas adormeçem
com as janelas abertas
para claustros vazios.

Não tens luzes cobertas,
mas infinitos sombrios.


que se derramem agora, viscerais!
e ensanguentados
os teus lamentos!

que acabados estão os meus infernais momentos.

Que acabado está o encanto,
a sublimação.

E o que fui em mim
num gesto de nós
numa nossa caminhada,
o teu silêncio sem fim
fez acabar assim...
...em nada.



16.04.06


(foto: Vlado Janzekovic; "Sahara shadows")