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Continuei sem te falar e continuei sem te ouvir.
Existe na linguagem uma propriedade qualquer que faz com que os signos se convertam em símbolos, e que daí se façam contextos. Existe em cada palavra uma carga que me intimida e que me faz assim... calada. Quieta, às vezes. Como quando se é apagado do mundo num vendaval de infinitos. Num silêncio cheio de ruídos de memórias e de passados que não passam nunca.
Continuei sem te falar. E tu, até hoje, continuas sem te ouvir.
*Mó
05.05.06
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