sexta-feira, maio 06, 2005
Podia dizer tanta coisa.
Que saí de casa a correr, que perdi o autocarro e fui a pé, que esperei à porta até poder entrar.
Que fiz uma ferida no pé de andar tanto, que me esqueci da ferida assim que entrei.
Que vi o concerto todo pelo caminho, ou por outra, que ouvi o concerto, não cheguei a ver.
Que não sabia que ia estar tanto vento.
Que recebi troco a mais, que me enganei e entornei vodka nas calças...que tive frio a noite toda.
A pele de galinha a noite toda...
Que me roubaram um beijo, que me pediram outro, que me levaram as cavalitas e não me deixaram cair.
Que não ouvi o telefone tocar.
Não ouvi nada. E podia dizer tanta coisa que me disseram, se eu tivesse ouvido.
Mas passei a porta com o pé ferido.
E mesmo com o pé ferido, entrei.
Não vi o concerto, entornei vodka nas calças e arrepiei-me com o vento.
Vi o dia começar, e sabia que ainda lá estarias quando eu saísse porta fora.
Só para que eu voltasse outra vez.
Até logo, até hoje.
...até sempre...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
5 comentários:
morte `a queima
morte
...e o teu sorriso
no monitor
tão linda :D
de facto tens jeito para muitas coisas! esotu a ver que és a mulher dos 7 ofícios!
continua
ass:toze
tantos dias calada...
diz coisas
diz coisas
nem que sejam irrelevantes
o cintexto faz milagres
Enviar um comentário