Hoje, o meu patrão é prémio Pessoa...
eu tinha de ter arranjado maneira de chegar perto do poeta das palavras, senão não descansava...e escrevo para no silencio lhes dar os parabéns, aos dois. Ao premiado, e sobretudo àquele que dá o nome ao prémio.
São dois mestres, carimbados no passaporte que vou fazendo de mim.
quinta-feira, abril 30, 2009
terça-feira, abril 07, 2009
[Eu ando pelo mundo]
Eu ando pelo mundo prestando atenção, em cores que não sei o nome . Cores de Almodovar, cores de Frida Kahio, cores. Passeio pelo escuro , eu presto muita atenção no que meu irmão ouve. E com o uma segunda pele, um calo, uma casca, Uma cápsula protetora , Eu quero chegar antes. Pra sinalizar o estar de cada coisa, filtrar seus graus. Eu ando pelo mundo divertindo gente. Chorando ao telefone e vendo doer a fome dos meninos que têm fome.
Pela janela do quarto, Pela janela do carro, Pela tela, Pela janela, Quem é ela , quem é ela? Eu vejo tudo enquadrado, remoto controle. Eu ando pelo mundo, e os automóveis correm para quê? As crianças correm para onde? Transito entre dois lados , De um lado eu gosto de opostos, expondo o meu modo,me mostro . Eu canto para quem? Eu ando pelo mundo e meus amigos, cadê? Minha alegria, meu cansaço? Meu amor cadê você? Eu acordei, não tem ninguém ao lado. Pela janela do quarto, Pela janela do carro, Pela tela, Pela janela, Quem é ela , quem é ela? Eu vejo tudo enquadrado, remoto controle.
Esquadros - Adriana Calcanhoto
Pela janela do quarto, Pela janela do carro, Pela tela, Pela janela, Quem é ela , quem é ela? Eu vejo tudo enquadrado, remoto controle. Eu ando pelo mundo, e os automóveis correm para quê? As crianças correm para onde? Transito entre dois lados , De um lado eu gosto de opostos, expondo o meu modo,me mostro . Eu canto para quem? Eu ando pelo mundo e meus amigos, cadê? Minha alegria, meu cansaço? Meu amor cadê você? Eu acordei, não tem ninguém ao lado. Pela janela do quarto, Pela janela do carro, Pela tela, Pela janela, Quem é ela , quem é ela? Eu vejo tudo enquadrado, remoto controle.
Esquadros - Adriana Calcanhoto
domingo, abril 05, 2009
Uma vez pedi-te
Que me desses tudo
Que inventasses o que
Não tivesses
E fosses oriundo
Dos sítios onde nunca me deixaste chegar.
Uma vez pedi-te que me
Ensinasses a voar.
Pedi que me cantasses
Ao luar
E que me contasses
Histórias de encantar.
Que as inventasses
Que mas cantasses
Mesmo que a voz te falhasse
Mesmo que a canção acabasse
Que a lua esvaziasse
Ou que eu
Já nem te amasse.
Pedi-te uma vez
E outra
E outra vez
Que fosses perfeito
Ou que apenas
Não me fizesses do sonho
Um sonho desfeito.
Que gracejasses
Que confessasses
Tudo
Que me mostrasses
No lugar do peito
Um insuspeito
Infinito.
que me desses mudo
o amor num grito.
Pedi-te que fosses
Mais do que és.
Que me desses mais
Do que tens.
E agora que me és
E agora que me tens,
Peço-te
Não mo dês.
Não o dês a ninguém.
Porque amar não é pedir,
É somar.
Não é ter,
É querer.
Não é saber,
É sentir.
Não é sonhar
É viver.
E se ao pedir
Mais,
Nem que seja por uma vez…
se pedir for demais
Não dês.
Por amor não dês.
Nem peças.
Sem promessas
partilha.
Divide o coração
E sente saudade
Que amar sem solidão
É amar sem liberdade.
*Mó
17.03.09
foto: autoretrato. Mónica Filipa Guerra
Que me desses tudo
Que inventasses o que
Não tivesses
E fosses oriundo
Dos sítios onde nunca me deixaste chegar.
Uma vez pedi-te que me
Ensinasses a voar.
Pedi que me cantasses
Ao luar
E que me contasses
Histórias de encantar.
Que as inventasses
Que mas cantasses
Mesmo que a voz te falhasse
Mesmo que a canção acabasse
Que a lua esvaziasse
Ou que eu
Já nem te amasse.
Pedi-te uma vez
E outra
E outra vez
Que fosses perfeito
Ou que apenas
Não me fizesses do sonho
Um sonho desfeito.
Que gracejasses
Que confessasses
Tudo
Que me mostrasses
No lugar do peito
Um insuspeito
Infinito.
que me desses mudo
o amor num grito.
Pedi-te que fosses
Mais do que és.
Que me desses mais
Do que tens.
E agora que me és
E agora que me tens,
Peço-te
Não mo dês.
Não o dês a ninguém.
Porque amar não é pedir,
É somar.
Não é ter,
É querer.
Não é saber,
É sentir.
Não é sonhar
É viver.
E se ao pedir
Mais,
Nem que seja por uma vez…
se pedir for demais
Não dês.
Por amor não dês.
Nem peças.
Sem promessas
partilha.
Divide o coração
E sente saudade
Que amar sem solidão
É amar sem liberdade.
*Mó
17.03.09
foto: autoretrato. Mónica Filipa Guerra
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