quarta-feira, janeiro 23, 2008

Vens na noite,
de dentro da névoa,
como forasteiro perdido entre
o agora
e o depois.

Vens cansado,
com o passo pesado,
arrastado
pela promessa

do lugar que nos atravessa
aos dois.

Calculas os dia,
decoras os céus
e escondido entre véus
de orvalho
traças o teu único atalho:

Vens até mim,
e vens de todo o lado
como se todo o alcance
do meu grito
infinito
te tivesse encontrado,
te tivesse encantado,
no limbo fino
do destino sonhado.


imagem: http://botecoliterario.files.wordpress.com/2007/06/sombra-de-gato-errante.jpg

*Mó
11.01.08

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